quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Escola de Fé e Política Waldemar Rossi Formando novas cidadãs e novos cidadãos

Caci Amaral, Márcia Castro e Mônica Lopes 
   
“Põe a semente na terra, não será em vão! 
                      Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão!” 

MÍSTICA E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES 

Atenta à necessidade de formação cidadã para a efetiva atuação e evangelização no mundo da política, a Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo, em 2012 – período em que a Igreja no Brasil celebrava o Ano da Fé, e como  resposta da Pastoral ao chamado para conhecer melhor e  viver de forma mais profunda a fé professada –, iniciou os primeiros passos para a organização da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi - EFPWR. Em 2013, a Campanha da Fraternidade convidou-nos a refletir, rezar e agir, em vista da fraternidade e da juventude, e a dizer junto com o profeta Isaías: "Eis-me aqui, envia-me". Inspirada na mística do Ano da Fé e da CF 2013, entendendo a ação política como suprema caridade, planejamento e divulgação realizados, naquele ano foram iniciadas as aulas da primeira turma da EFPWR, na Região Episcopal Belém da Arquidiocese de São Paulo. Deve-se registrar que, já em 2010, as Oficinas do I Congresso de Leigos da Arquidiocese de São Paulo novamente destacaram a importância da formação de leigos e leigas e da articulação das Pastorais, tendo em vista a participação cidadã na busca do bem comum, a qualidade de vida, a realização de direitos e a promoção e defesa da dignidade da pessoa. Experiências anteriores, das quais os membros da Pastoral foram partícipes, inspiraram e colaboraram para a concretização do projeto da escola. 
Cumpre citar, como antecedente histórico: 
  • Em 2008, o Curso de Extensão em Fé e Política organizado pela Pastoral Fé e Política, em parceria com as Faculdades Integradas Claretianas, no município de São Paulo, com o tema “Formando cidadãos onde todos os direitos sejam de todos”. Este curso teve a coordenação de Caci Amaral e Pedro Aguerre, este professor da PUC/SP. Foi um curso de 90h, desenvolvido no período de um ano.
  • A experiência do Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara -  CEFEP, iniciativa da CNBB, um serviço para a formação política dos cristãos leigos e leigas, sob a presidência da Comissão Episcopal para o Laicato. Com formação presencial e à distância, este curso vem favorecendo, desde 2009, a troca de experiências entre escolas de cidadania espalhadas por dioceses e entidades no Brasil.
  • O projeto Escolas da Cidadania, iniciado pelo Padre Antonio Luiz  Marchioni (Pe. Ticão) em 2010, com a fundação da Escola da Cidadania da Zona Leste Pedro Yamagushi Ferreira. 
  • Em 2012, a fundação da Escola da Cidadania da Zona Sul Santo Dias, sob a liderança do Padre Jaime Crowe.

Apoiada nestas estas experiências, a Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de São Paulo deu início à organização da Escola do Belém. Considerando a identidade da  pastoral e a experiência de 2008, optou-se  por denominá-la “Escola de Fé e Política”, explicitando assim a identidade da formação política, a partir da fé cristã. Ao longo dos seus quatro anos de atividades, alunos e alunas assumiram a participação em diferentes conselhos – Saúde, Educação, Participativo, Tutelar, Idoso, Juventude e Universitário. Por meio da escola, a Pastoral Fé e Política vem promovendo o empoderamento de leigos e leigas , formando novas lideranças  para a cidadania ativa.

O PATRONO DA ESCOLA

Em 2012, a Pastoral Fé e Política iniciou o planejamento para a organização da escola, até que chegou o momento de escolher seu nome. Queríamos homenagear um leigo ou leiga, tendo como referência sua caminhada cristã, que tivesse compromisso reconhecido publicamente com a política e, se possível, que fosse morador da região onde se localizava a EFPWR, a Zona Leste da cidade de São Paulo. Unanimemente, escolhemos para patrono de nossa escola o amigo Waldemar Rossi. 
Ao decidirmos registrar a memória de luta de Waldemar Rossi – leigo, operário, sindicalista e membro fundador da Pastoral Operária –, colocando seu nome como identificação da Escola de Fé e Política, não esperávamos sua adesão ao nosso trabalho. Mas assim ele fez.  Aos 79 anos, esteve todas as segundas-feiras nas aulas de  2013 a 2015 sempre alegre, participativo, semeando consciência a cada aula com seus comentários. Sempre com humildade, acompanhava nossa caminhada; jamais quis assumir o comando. Mostrava-se presença de luz, amiga, solidária e sábia. Ministrou várias aulas com grande propriedade. Um operário autodidata que se formou ao longo da caminhada de militante, discípulo missionário de Jesus Cristo em plenitude. Waldemar Rossi demonstrava muita clareza diante dos fatos, analisava as raízes dos problemas. Não ficava na superficialidade. Sempre com um sorriso franco,  transmitia-nos os fundamentos da alegria do Evangelho. Falava das barbáries de ontem e de hoje, da importância do trabalho de formação e ação na base e com a base, sempre a partir dos mais sofridos, e da organização do povo em pequenos grupos.  Waldemar foi para a EFPWR o profeta da esperança. Ficava extremamente feliz com as ações assumidas pelos alunos e alunas, ao atuarem em conselhos de políticas públicas, na organização de grupos na periferia e ao cuidarem do desenvolvimento da consciência crítica frente à realidade. Sabia da importância de semear e não tinha pressa, nem imediatismos. Dizia-nos que as mudanças ocorrem em processos, e que os processos precisam ser desencadeados. Na sua sabedoria de um semeador, dizia ele: “A Escola de Fé e Política é instrumento de conscientização e de ação transformadora”. Por três anos, tivemos o privilégio da sua presença e agora é imensa a sua falta, mas..."A luta continua!”, lembrando do lema de Waldemar Rossi, para nos chamar à ação e à reflexão.



Registramos aqui trechos de sua reflexão na aula de abertura da Escola de Fé e Política, em 2013: 
“A melhor forma de fazer política, e a mais eficaz, é a acumulação das forças populares. As mudanças não virão sem um projeto de interesse do povo e pela mobilização popular prolongada e consistente.”
“Não violência não é a mesma coisa que timidez, covardia, acomodação.”
“A coragem e a perseverança são qualidades indispensáveis ao político consciente.”
“Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e tudo mais vocês receberão por acréscimo.”
Em 2014, Waldemar elaborou uma carta dirigida às Escolas de Cidadania reunidas na Rede de Escolas de Cidadania - REC. 

OS PLANOS PASTORAIS DA ARQUIDIOCESE E A EFPWR

Com a organização da EFPWR, a Pastoral Fé e Política testemunha sua integração com a Pastoral da Arquidiocese de São Paulo que, no 11º Plano de Pastoral (2012-2015) e 12º Plano de Pastoral (2016-2019), alerta para desafios a serem superados e propõe ações diretamente vinculadas à Pastoral Fé e Política e à EFPWR. Na 5ª urgência: Igreja a serviço da vida plena para todos, dizem estes Planos de Pastoral: 
A família precisa ser também sujeito da ação política, para que o Estado assegure o exercício de direitos e deveres inerentes à vida familiar (nº1).
Estudo e a reflexão sobre a Doutrina Social da Igreja (nº 6).
Estimular a participação social e política dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e instituições, promovendo a sua formação permanente e iniciativas concretas, incentivando a sua participação nos Conselhos Paritários e Comunitários, bem como de Direitos Humanos (nº 11).
Favorecer a colaboração e parceria das instituições católicas com outras instituições privadas ou públicas, com os movimentos populares e outras entidades da sociedade civil, nas causas justas e compatíveis com a fé e a moral cristãs, visando à implantação e execução de políticas públicas voltadas para a defesa e a promoção da vida e do bem comum, conforme a Doutrina Social da Igreja (nº 12).
Formar grupos de Pastoral de Fé e Política nas Regiões Episcopais, setores e paróquias, motivando e preparando os fiéis para a difícil e nobre ação política em busca do bem comum (Gaudium et Spes 457), como testemunhas do Reino de Deus na Cidade (nº 13).

LOCALIZAÇÃO 

A EFPWR está instalada no Centro Pastoral São José, situado à Rua Álvaro Ramos, 366, no bairro Belém, Zona Leste de São Paulo, e integra-se com a ação pastoral da Região Episcopal Belém. Sua coordenação é exercida por leigos e leigas desta mesma região episcopal, tendo como assessores a coordenadora da Pastoral Fé e Política da Arquidiocese, um professor da PUC/SP e um padre da Região Episcopal Belém. Está integrada à Rede das Escolas da Cidadania - REC; tem parcerias com a Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (responsável por atribuir aos alunos o certificado de curso de extensão), a Escola de Governo, (para definição da grade e apoio na escolha de professores) e a Rede Nossa São Paulo – RNSP (para monitoramento do Programa de Metas da Prefeitura, por meio do uso da ferramenta De olho nas Metas).
OBJETIVOS DA EFPWR
Objetivo geral: Refletir e aprofundar questões sócio-políticas-econômicas e culturais da cidade de São Paulo a partir da fé cristã, visando à atuação cidadã, sendo “sal e luz no mundo”.
Objetivos específicos:
  • Compreender aspectos fundamentais da Doutrina Social da Igreja;
  • Refletir as questões sociais sob o ponto de vista da ética e da moral cristã
  • Desenvolver o senso crítico em vista da participação cidadã;
  • Compreender os instrumentos de planejamento da cidade e motivar para a cidadania ativa
  • Fomentar o diálogo com o poder público visando a participação social, a transparência ativa e ações concretas frente às demandas identificadas no curso.

MÍSTICA

Em uma das avaliações semestrais com alunos e alunas, coordenação, colaboradores   e assessores, percebemos que a relação entre fé e política acontecia de forma pontual e sobretudo nas aulas sobre Doutrina Social da Igreja - DSI. Entretanto, era objetivo da EFPWR que a consciência e a vivência desta relação fossem a base do curso. A partir de 2014, Waldemar Rossi, tendo em vista tornar presente a relação fé e política, propôs e tomou a iniciativa de preparar o momento da mística de cada aula. Seguindo o programa do curso, ele apresentava um texto bíblico e/ou da DSI para o início das aulas, visando a construção, de forma processual, desta relação. Quantas vezes o professor mencionava que o conteúdo mais importante da aula já havia sido apontado por Waldemar! Temos depoimentos de alunos; um deles dedicava-se a não se atrasar para não perder a reflexão do Waldemar e outro declarou: “Eu não sabia da íntima relação entre fé e política presente na Palavra de Deus, até vir aqui na Escola e participar das reflexões do Waldemar.” Assim, aprendemos com este mestre e amigo. Atualmente, a coordenação da EFPWR assume a preparação da mística, dentro desta mesma metodologia, a fim de trazer à consciência dos alunos e alunas a relação entre fé e política, iluminando a realidade com a  luz  da Palavra de Deus . 

METODOLOGIA 

A EFPWR está em seu quinto ano de realização com aulas semanais, sempre às segundas-feiras, das 19h30 às 21h30, num total de 76 horas/aula. Adota a metodologia da ação-reflexão-ação, apoiando-se no Ver, Julgar, Agir e Celebrar.  As aulas teóricas contam com auxílio de recursos audiovisuais e de debates; a síntese dos conteúdos apresentados pelos docentes é disponibilizada aos alunos e alunas, e ao público em geral, por meio do site da Pastoral Fé e Política, sendo os temas do conteúdo complementados por debates relacionados à conjuntura política, com representantes do poder público, membros de conselhos participativos e outros. Orientados pela coordenadora da escola, alunos e alunas, em grupos por subprefeitura, escrevem e apresentam ao final do ano seus trabalhos de conclusão de curso, os TCCs.  

GRADE

A cada ano, a grade de conteúdos é submetida à avaliação dos(das) assessores(as), da coordenação, de alunos e alunas, e reformulada no que for necessário. Após o primeiro ano de atividades, avaliou-se como importante que o conteúdo da formação fosse focado no município de São Paulo. Além do fato dos TCCs serem elaborados por prefeituras regionais, considerou-se, para essa mudança, que as eleições para os Conselhos Participativos das Prefeituras Regionais aconteceriam no segundo semestre de 2014.  A EFPWR incentivou a participação de alunos e alunas, dos quais 20 se candidataram e oito foram eleitos, num universo de mais de 1.500 conselheiros. O conteúdo da Escola, inicialmente focado numa análise política mais abrangente, passou a dar prioridade ao conhecimento das estruturas político-administrativas da cidade e ao estudo das respectivas políticas de planejamento (Lei Orgânica, Plano Diretor, Orçamento e Programa de Metas). Esta avaliação trouxe significativa modificação no conteúdo desenvolvido nos anos posteriores.  Em 2013, os três módulos do curso foram: 1 - Fé, Política e Realidade Local; 2 - Fé e Vida: Questões Fundamentais; 3 - Fé, Política, Economia e Sociedade. Em 2014, os módulos foram: 1 - Fé, Política e Realidade Local; 2 - Fé e Vida: Políticas Públicas. Neste ano, a cidade discutiu a revisão participativa do Plano Diretor Estratégico e os alunos foram incentivados a acompanhar as audiências públicas. Em 2015: 1 - Fé, Política e o Planejamento da Cidade; 2 - Fé, Política e a Participação do Cidadão, sendo um módulo por semestre. No encerramento do primeiro semestre, fez-se uma análise de conjuntura sobre a cidade; no segundo semestre, foram discutidas as políticas públicas municipais e instrumentos de controle social, como a Lei de Acesso à Informação - LAI, o controle do orçamento e as audiências públicas. Também em 2015 terminou o primeiro mandato dos conselheiros participativos e, novamente, a EFPWR incentivou a participação dos alunos na eleição para o mandato seguinte. Quinze alunos se candidataram e cinco deles foram eleitos. Em 2016 e 2017, foram mantidos os mesmos módulos de 2015. 

AVALIAÇÃO

A coordenação e assessores, por meio das informações registradas durante o ano, avaliam o desenvolvimento do curso, do corpo docente e discente, utilizando os seguintes instrumentos:
  • Controle de lista de presença;
  • Avaliação dos TCCs, por meio de leitura dos trabalhos finais e da apresentação destes para professores avaliadores;
  • Avaliação feita pelos alunos e alunas a partir de questionário; 
  • Avaliação espontânea de alunos(as) e ex-alunos(as).

EQUIPE DE TRABALHO 

Integram a equipe de trabalho uma assessora, um coordenador e uma coordenadora (sendo esta a orientadora dos TCCs), dois auxiliares (um para inserir arquivos digitais no site, blog e Facebook do curso; outra para secretaria e organização do acervo da Biblioteca da EFPWR, inaugurada em 2016), além de um grupo de 15 professores e professoras. 

MANUTENÇÃO 

As fontes de recursos envolvem:
  • Doação anual do Fundo do Laicato da Arquidiocese de São Paulo; 
  • Utilização das estruturas do Centro Pastoral São José do Belém: salas de aula e os equipamentos necessários (banheiros, água, luz);
  • Contribuição mensal dos alunos e alunas;
  • Doação da Região Episcopal Belém;
  • Doação de leigos e leigas;
  • Doação da pastoral Fé e Política;
  • Utilização de equipamentos pessoais dos coordenadores e professores.


O CONTEXTO DA CIDADE DE SÃO PAULO 

A EFPWR está inserida numa cidade imensa, plural, excludente, dividida entre regiões geográficas contrastantes – algumas com índices de desenvolvimento comparáveis aos países desenvolvidos –, com a maioria da população expulsa para áreas periféricas, com equipamentos públicos de atendimento de direitos básicos ausentes ou deficitários.  A questão da desigualdade na cidade é estrutural e perversa. Reflete a política econômica, social e cultural que informa e orienta as decisões políticas do país. Deixa os ricos nas regiões geográficas que já dispõem de condições dignas de vida e impele a grande maioria da população para os extremos da cidade, ou para guetos dentro do perímetro geográfico com melhor qualidade de vida. Sempre que o tema eleitoral é discutido, seja em encontros, na EFPWR ou em programas de rádio, a pastoral denuncia a perversa distribuição de renda do país e o desvio dos recursos públicos para pagamento de juros aos rentistas, no valor de praticamente 50% do PIB brasileiro, além de lutar por uma reforma política que venha a permitir a reforma tributária que modifique a cobrança de impostos, ao determinar sua incidência  sobre os grandes proprietários de bens e renda, sejam estes pessoas físicas ou jurídicas.     As interferências da Pastoral Fé e Política nessa realidade acontecem pela presença de alunos e alunas da EFPWR, ou de agentes da pastoral, em conselhos municipais, na Câmara Municipal de SP, em audiências públicas realizadas nas prefeituras regionais, no apoio à atuação da Equipe Arquidiocesana de Defesa da Criança e do Adolescente - CRIAD, na divulgação, pela internet, de ações de entidades, movimentos sociais e pastorais, ou nos temas abordados em intervenções divulgadas pela Rádio 9 de Julho.

A participação da coordenação da pastoral no colegiado da RNSP reflete a preocupação desta no combate à desigualdade na cidade de São Paulo, pois a RNSP tem, entre seus objetivos, conseguir quebrar a desigualdade entre as regiões da cidade, pressionando o poder público para atuação prioritária em territórios com grande vulnerabilidade e pela adequada elaboração do Plano de Metas.  A EFPWR integra um grupo que reflete sobre o Programa de Metas da Periferia, instrumento construído pela Escola de Cidadania Pedro Yamagushi com a colaboração da comunidade, elencando as principais reivindicações dos territórios em relação aos serviços da prefeitura. 

A ELABORAÇÃO DOS TCCs

Como parceira da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, a EFPWR compromete-se a controlar a frequência dos alunos e alunas e a propiciar condições para que realizem um trabalho de conclusão de curso, garantindo, assim, o certificado final expedido pela UNIFESP. Os critérios abaixo orientam a escolha do tema e a elaboração dos TCCs:
Sua elaboração é momento privilegiado para desenvolver a capacidade de pesquisa e conhecimento da realidade, seja por meio de leitura ou por observação de campo.
Sua realização responde à vida de fé de pessoas que, ao entenderem a realidade, querem melhor realizar seu compromisso com o Evangelho, que convoca para a construção do bem comum. 
Atividades de pesquisa no território e leitura de informações relacionadas ao tema ocorrem fora da sala de aula. 
Preferencialmente, o TCC deve ser desenvolvido em grupo, favorecendo a capacidade de trabalho em equipe e a convivência entre pessoas de diferentes experiências e motivações.
Os grupos são formados por local de residência, ou seja, por prefeitura regional e não por empatia, lembrando aos alunos e alunas que na ação política temos que administrar diferentes olhares e demandas, bem como eleger qual aspecto nos une. 
Cada grupo tem autonomia para eleger o aspecto do território que será objeto do TCC, incentivando-se a apropriação das demandas do território e a participação local. 
Além de apontar problemas, o TCC deve apontar soluções.
Sempre haverá um ganho maior pela realização do TCC quando este gerar ações locais de continuidade e na organização da comunidade. 
O trabalho realizado pelos grupos é acompanhado durante o ano em encontros mensais, fora do período das aulas, com a orientadora dos TCCs e coordenadora da escola. 
Em 2013, a metodologia utilizada foi a acadêmica. Na avaliação de final do ano, a coordenação achou por bem passar a utilizar a metodologia do Ver, Julgar e Agir, uma vez que o TCC é um instrumento para a ação cidadã no território.  No Ver recuperam-se os conceitos abordados nas aulas e faz-se a busca de dados na Lei Orgânica do Município, no Plano Diretor, no Plano de Metas, no orçamento municipal, nos indicadores da própria prefeitura e de entidades como a RNSP. No Julgar o tema é iluminado pela Palavra de Deus, pela Doutrina Social da Igreja e pelas Campanhas da Fraternidade. Também as causas dos problemas levantados no Ver são julgadas, procurando responder à questão: quais são as raízes desses problemas? Esse olhar foi incentivado por Américo Sampaio, sociólogo da RNSP, quando avaliador dos TCCs. A busca constante por detectar as raízes dos problemas foi semeada pelo patrono da Escola, Waldemar Rossi, que sempre chamou a atenção dos participantes para que não ficassem na análise superficial dos problemas, mas fossem em busca de suas raízes.  Ao final do curso, cada grupo apresenta seu TCC para uma banca de professores e professoras especialmente convidados, e que recebem com antecedência os trabalhos a serem avaliados. Ao final de cada apresentação, os professores comentam com o grupo aspectos destacados pela leitura dos trabalhos, acrescidos com os pontos observados durante a apresentação, preenchendo em seguida uma ficha de avaliação.   Os trabalhos são disponibilizados na página da Pastoral Fé e Política 

EXPANDINDO AS ATIVIDADES 

1. Testemunho de participação política

A EFPWR propôs-se, em 2013, a estudar a realidade da cidade e do país, a conhecer os caminhos da participação nas estruturas políticas e a iluminar esta realidade com a Palavra de Deus, as orientações do Magistério e com os princípios da DSI, de modo a exercer uma atuação transformadora a favor do bem comum. Seu primeiro curso teve inicio dia 18 de fevereiro daquele ano, para mais de 70 alunos, sendo que 50 permaneceram na caminhada. Alunos e alunas estiveram presentes e interferiram em audiências públicas organizadas pela prefeitura ou pela Câmara Municipal, conhecendo os caminhos da participação e, com a graça de Deus, hoje são testemunhas de Jesus Cristo na cidade, atuando no mundo da política.  Ainda em 2013, 20 alunos candidataram-se ao Conselho Participativo Municipal e uma aluna candidatou-se ao Conselho do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Sempre focada em compreender a organização política e administrativa da cidade, visando à ação cidadã de alunos e alunas preparados para atuar em conselhos municipais da cidade de São Paulo, em movimentos sociais e entidades organizadas da sociedade civil, a EFPWR articula-se com as prefeituras regionais e conselhos participativos por meio de pesquisas desenvolvidas por alunos e alunas para realizar seus TCCs, pela presença  em classe dos que atuam  como conselheiros em órgãos da administração pública e por meio de audiências públicas realizadas pela administração municipal e/ou pela Câmara Municipal de SP.   Estimulados pelas orientações recebidas durante as aulas, alunos e alunas testemunham e fomentam a ação social em suas paróquias e comunidades, favorecendo a consciência e a vivência da relação fé e vida, o compromisso com os objetivos e atividades da Campanha da Fraternidade e o olhar atento para convidar, conforme nos pede Jesus Cristo, os pobres, aleijados, coxos e os cegos, como protagonistas da ação política (Lc 14, 13). Relacionamos abaixo outras ações no mundo da Política incentivadas pela EFPWR e pela pastoral Fé e Política:
  • Com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE Estadual SP
  • Coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Inciativa Popular Eleições Limpas
  • Formação de comitês para combate ao Caixa 2
  • Com a Rede Nossa São Paulo
  • Articulação para introduzir mecanismos de democracia direta na Lei Orgânica Municipal, para a descentralização do governo e eleição direta dos prefeitos regionais.
  • Acompanhamento das ações dos Conselhos Participativos, organizando o Observatório dos Conselhos Participativos. 
  • Fiscalização das contas da prefeitura de São Paulo através de participação no Observatório Nacional/SP.
  • Elaboração de carta compromisso para candidatos a prefeito, comprometendo-os com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. 
  • Atuação em mobilizações a favor da qualidade de vida da cidade, em audiências públicas na Câmara Municipal e em processos de fiscalização do governo.
  • Com o Movimento de Integração Campo Cidade, MICC 
  • Com o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo, pela participação na Campanha Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais.
  • Com a Escola de Governo, para assessoria à EFPWR e para inserções na Rádio 9 de Julho.


2. Comunicação

Com a colaboração de dois de seus membros, a Pastoral Fé e Política mantém o endereço  http://www.pastoralfp.com, utilizado também pela EFPWR. Nele estão inseridos os folhetos de divulgação da escola, o corpo docente, a grade curricular, resumo de aulas ministradas, o material  disponibilizado pelos professores e professoras, além de  vídeos de algumas  das aulas. A página do Facebook https://www.facebook.com/efpwr auxilia no trabalho de registro das informações e divulgação de convites para aulas e discussão de temas. A comunicação com alunos, ex-alunos, parceiros e grupos informais ocorre também via e-mail: escolafp@pastoralfp.com. As atividades da EFPWR são repercutidas na Rádio 9 de Julho, da Arquidiocese de SP, (1600 – AM),  às sextas-feiras, no Programa Igreja em Notícia, com intervenção da coordenadora/orientadora dos TCCs. 

3. Organização de outras escolas: surge a Rede de Escolas de Cidadania 

A possibilidade de expandir a formação política concretizou-se com a presença de  alunos e alunas interessados em organizar novas escolas de fé e política nas regiões episcopais da Arquidiocese de São Paulo e em outras dioceses do Estado de São Paulo. Assim, em 2014, surgiram as Escolas de Fé e Política da Região Episcopal Santana, da Arquidiocese de São Paulo, da Diocese de Guarulhos e da Diocese de Mogi das Cruzes.  Em 2015, leigos e leigas, também inspirados pela experiência da EFPWR, deram início à Escola de Fé e Política da Região Episcopal Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo. Neste mesmo ano, a coordenação da EFPWR recebeu convite da Diocese de Itapeva para uma oficina sobre o seu funcionamento, tendo em vista o interesse pela implantação de uma escola local na diocese. Membros da pastoral também levaram a experiência da EFPWR, e de outras escolas para a Diocese de Jundiaí, que também organizou sua própria escola. Com o objetivo de integrar e fortalecer as experiências das escolas de cidadania ou de fé e política, as lideranças dessas escolas organizaram a Rede de Escolas de Cidadania - REC, cuja experiência está relatada em texto anexo.

Biblioteca 

Em 2016, iniciou-se a constituição da Biblioteca da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi com acervo construído por doações de professores(as), alunos(as), ex-alunos(as), membros da coordenação da EFPWR, da Pastoral Fé e Política e de outras pastorais e movimentos, com destaque para a doação realizada por Célia Rossi: aproximadamente 500 livros, boa parte da biblioteca do patrono da escola, Waldemar Rossi. A organização da biblioteca transformou-se em um TCC de uma aluna, que se disponibilizou em organizar o acervo. O Centro Pastoral São José do Belém disponibilizou um armário onde estão guardados os livros catalogados do acervo; os livros são emprestados aos alunos e membros das Pastorais. No início de cada aula a coordenadora apresenta dois ou três exemplares cujo tema tem a ver com a temática da aula, incentivando a que os participantes solicitem os livros. Em 2017, a EFPWR passou a utilizar um software escolar para gerenciar as turmas, em especial a atual, além do acervo da biblioteca.
Tendo em vista a formação de novos colaboradores para a coordenação da EFPWR e de outras experiências semelhantes, foi ofertada uma bolsa de estudos no Curso de Formação em Fé e Política do Centro de Formação Política Dom Helder Câmara - CEFEP para um aluno, participante da Pastoral da Juventude, que se mostrou bastante colaborativo com as atividades da Escola.  Alunos e alunas de turmas anteriores disponibilizaram-se a colaborar com a Escola, recepcionando colegas e professores, no controle de frequência, etc. Até o momento, seis alunos realizam ou realizaram atividades de auxilio à coordenação.

5. Articulação com movimentos, organismos e pastorais
Ampliando o leque de possibilidades de participação no mundo da política, outras atividades são divulgadas pela rede comunicação da EFPWR. A escola funciona como um centro irradiador, e muitas vezes impulsionador, de novas atividades cidadãs.  Com essa finalidade, desde 2015 a coordenação da EFPWR integra e motiva a organização das atividades do Fórum das Pastorais Sociais da Região Episcopal Belém, constando as atividades do Fórum na grade curricular da escola. Outras atividades podem ser relacionadas:
  • Realização de formações sobre Fé e Política para grupos e movimentos, principalmente nos anos eleitorais;
  • Divulgação de cartilhas com orientações para os eleitores, em paróquias, comunidades, movimentos, entidades e pastorais;
  • Participação nas articulações das pastorais sociais da Arquidiocese e regiões episcopais;
  • Incentivo à formação de grupos da Pastoral Fé e Política nas regiões e paróquias;
  • Participação na Equipe CRIAD de apoio aos Conselheiros Tutelares e ao trabalho do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.

6. Campanha da Fraternidade

As Campanhas da Fraternidade - CF, cujos temas propostos anualmente pela CNBB  focam aspectos da realidade do país que atentam contra a dignidade do ser humano e da vida do planeta, são de especial valia para a EFPWR como instrumentos de formação e evangelização. Considera-se que a CF é um momento, por excelência, de evangelização do povo brasileiro, favorece a consciência da relação entre fé e vida e a decisão por trabalhar a favor de outro modelo de desenvolvimento que coloque, à frente de seus objetivos, a dignidade do ser humano, com especial atenção aos excluídos da sociedade de consumo. Desde 2013 a EFPWR integra a equipe responsável pela CF na Região Episcopal Belém, seus coordenadores participam do processo de preparação e avaliação das CFs, organizadas pelo Regional Sul 1 da CNBB, e o tema do ano é sempre trabalhado com alunos e alunas.  Em 2017, como prioridade da Região Episcopal Belém, foi escolhida a proposta de luta pela revitalização ecológica dos córregos do território – prioridade esta assumida pelo bispo regional, pela coordenação de pastoral, pelo fórum das Pastorais Sociais e pelos 10 setores que integram a região, incluindo suas paróquias e comunidades, abrangendo o território de cinco prefeituras regionais da Zona Leste de São Paulo.

CONCLUSÃO

A criação de Escolas de Fé e Política é sinal de realização do que propõe o documento 105 da CNBB, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade”, no qual o laicato, ramo de uma mesma videira, é “sal da terra e luz do mundo” (Mt, 13-14). Por sua atuação, a EFPWR responde ao apelo do Papa Francisco: “Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário, a alegria da evangelização, a esperança, a comunidade, o Evangelho, o ideal do amor fraterno e a força missionária” (EG, nº 76 a 109).

Histórico, formação e objetivos da Rede de Escolas de Cidadania de São Paulo – REC/SP 

Mônica Lopes

Entusiasmados/as com o resultado positivo que as Escolas de Cidadania da Zona Leste (Ermelino Matarazzo) e da Zona Sul (Jardim Ângela) estavam alcançando, um grupo formado por representantes dessas Escolas, da Escola de Cidadania e Política de São José dos Campos, agentes da Pastoral Fé e Política, que acompanham o movimento desde o início, representantes do Instituto Cultiva e outros a quem a formação dessas escolas havia chamado a atenção, reuniram – se  no salão da Paróquia São Francisco de Assis de Ermelino Matarazzo (São Paulo - SP) em 13 de Dezembro de 2012, para pensar uma forma de como se articular para levar essa iniciativa a mais regiões da cidade de São Paulo e do estado. Muita empolgação se notava naquelas pessoas diante da perspectiva que essas iniciativas apresentavam. Esperança diante de um contexto que apontava para a necessidade de investir alto na formação para cidadania e de lideranças sociais. Ali, foi formada a Rede de Escolas de Cidadania de São Paulo – REC/SP, que surge como movimento de articulação para promover e viabilizar as novas iniciativas de escolas, dar visibilidade ao trabalho das já formadas, acompanhar e dar apoio nas necessidades que as mesmas apresentarem. “Vocês imaginam se nas próximas eleições para prefeitos e vereadores (2016) tivermos uma Escola de Cidadania e/ou de Fé e Política em cada uma das regiões da Cidade?“ Comentava Padre Ticão, sem saber que este sonho não só se realizou como também, em 2016 ao invés de cinco ou seis Escolas, haviam se formado quinze. As regiões a que o padre se referia neste momento, eram as Regiões Episcopais da Arquidiocese de SP.

A partir da criação da Rede, sucederam–se  novas escolas: a  Escola de Fé e Política Waldemar Rossi (Região Belém), Escola de Cidadania de Embu das Artes, Escola de Cidadania Olímpio da Silva Matos – Povo em Ação, Escola de Cidadania da Região Oeste – Butantã, Escola de Cidadania de Mogi das Cruzes, Escola de Fé e Política de Guarulhos, Escola de Fé e Política da Região Santana, Escola de Cidadania Padre Chico Falcone (Itaquera), Escola de Fé e Política da Região Ipiranga, Escola de Cidadania de Sapopemba, Escola de Fé e Política de Jundiaí, Escola de Cidadania da Cidade Ademar e Pedreiras e Escola de Fé e Política da Diocese de Campo Limpo. 

Waldemar Rossi, amigo e incentivador do projeto de Escolas de Cidadania e de Fé e Política além do nome, deixa seu exemplo de coragem e força como legado para a Escola que se forma imediatamente após a criação da Rede: Escola de Fé e Política Waldemar Rossi. Dizia ele, que depois da Ação Católica e das CEB´s, as Escolas surgiram como maior movimento de transformação social, contemporâneo, uma vez que a proposta é incidir na base de tudo, que é a educação. Desses trabalhos miúdos, de formiguinhas, de organização de pequenos grupos pensantes e atuantes, poderá explodir um movimento social que fortaleça a resistência popular. Waldemar comentava isso no início de 2014 – e continuava, como a profetizar: “As nossas Escolas de Cidadania e Fé e Política, pela sua oportuna atualidade, num contexto de expectativas de novos dias, tem a oportunidade de desenvolver a compreensão desses novos tempos e seus desafios. Assim, elas vêm dando oportuna contribuição aos seus alunos na iniciação ou avanço da prática política. Porém, é necessário que avance sempre, trazendo para suas salas de reflexão o entendimento de que grandes atos revolucionários nascem de pequenos núcleos, mas avançam à medida das experiências e a determinação de criar e recriar o novo da organização coletiva do povo. Seus “formandos” precisam entender que não perderam a capacidade criativa que Deus deu a todos, indistintamente, e que o Espírito Santo sopra seu discernimento sobre todos de boa vontade, cristãos ou não. É também de suma importância compreender que “quem tem muita pressa come cru... e queima a boca”. Por outro lado, assim com um canoeiro que rema contra a correnteza não pode jamais parar de remar, caso contrário, a força das águas correntes fazem-no retroceder, assim também é preciso atuar sempre controlando suas forças para que não se exaurem antes da hora”. Corroborando com o pensamento do Waldemar sobre as Escolas, Rudá Ricci, sociólogo, presidente do Instituto Cultiva, apoiador e incentivador do Projeto REC/SP, fez o seguinte comentário: “Enfim, as Escolas não são mais uma entre tantas atividades. Penso que é a saída do nosso momento histórico. O Brasil que saiu da Constituição de 1988 é outro. O Brasil dos 30 mil conselhos de gestão pública (ou setoriais, ou de direitos) poderia ser outro. Conquistamos espaços nas últimas duas ou três décadas. Mas não estamos sabendo ocupá-los. Falta informação e qualificação. Falta articulação. Falta elaboração política e inovação nas formas organizativas. Conseguimos mobilizar e pressionar, ainda que com dificuldades, mas não conseguimos mudar as estruturas de poder. E, assim, repetimos o script infinitamente: pressão, negociação, pressão, negociação. Mas o Brasil do século XXI é muito distinto daquele dos anos 1980. Poderíamos ir além, além da pressão e negociação. Poderíamos ocupar espaços, poderíamos cogerir as políticas públicas, poderíamos contribuir para o Estado ser mais poroso, mais democrático, ocupado pelas lideranças sociais. Se estou certo, mobilizar é importante. Mas muito menos importante que formar é produzir informações para darmos passos mais sólidos e ousados na direção da justiça social e democracia participativa. E as Escolas podem cumprir esta tarefa”

A REC/SP se define como suprapartidária, inter-religiosa e com projeto de gestão horizontal, onde a coordenação de suas atividades é  exercida pelos representantes de cada uma das Escolas, num Conselho Gestor. Ou seja, não há uma estrutura hierarquizada com coordenadores/as, presidentes/as, secretários/as, etc. A proposta é ajudar as Escolas e acompanhá-las, sem interferir na autonomia das mesmas. A responsabilidade de definir o planejamento, cronograma, metodologia, local e horário de funcionamento fica a cargo das Escolas sem intervenção da Rede, mesmo que quando solicitada, possa apresentar sugestões e ajudar na tomada de decisões. É inspirador saber que a semente lançada em dezembro de 2012, caiu em terreno fértil e tem germinado. Já temos uma história para contar. Mas, sem esquecer que a REC/SP é um processo em construção, e que dela, ainda teremos  muito  o que escrever.

Bibliografia
Textos-Base das Campanhas da Fraternidade.
Papa Francisco - Exortação Apostólica Evangelii Gaudium sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.
Papa Francisco – Carta Encíclica Laudato Si’ sobre o cuidado da Casa Comum.
Pontifícia Comissão para a América Latina, O indispensável compromisso dos leigos na vida pública dos países latino-americanos. São Paulo: Edições Paulinas, 2016
  




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